EFSA lança consulta pública no âmbito do perclorato

Fotografia: szjeno09190/ pixabay

A EFSA (sigla em inglês da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar) lançou uma consulta pública acerca do seu mais recente projeto de parecer científico em relação aos riscos da saúde pública associados ao perclorato nos alimentos.

Este trabalho foi pedido pela Comissão Europeia para reavaliar os riscos para a população após os novos dados e metodologia que foram atualizados na avaliação da EFSA, no ano de 2014.

Os especialistas atualizaram a dose diária tolerável (DDT) de perclorato de 0,3 para 1,4 microgramas por quilograma de peso corporal por dia, em que a mudança reflete o uso de um modelo recente que fornece maior precisão na avaliação dos efeitos de diferentes doses nos indivíduos.

A principal preocupação de saúde está inerente ao perclorato ter impacto na função da tiroide ao poder inibir a captação de iodo pela glândula tireoide crucial para a produção hormonal. Em fetos e lactentes, estas hormonas são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento normal da pessoa.

No estudo foi concluído pelos peritos de forma provisória que o nível atual de exposição não existe risco para a saúda da população em geral.

A consulta deste projeto decorrerá durante 8 semanas, para permitir a máxima participação das partes interessadas. O prazo termina até 11 de fevereiro de 2025.

Para os que não estão familiarizados com o perclorato, este é um contaminante introduzido no ambiente através de práticas agrícolas, como por exemplo, na utilização de fertilizantes ou de atividades industriais como a fabricação de fogos de artificio e reciclagem que quando aplicado nestas culturas, sobretudo em folhas verdes como o espinafre e alface, o perclorato pode acumular-se nas plantas.

A Comissão Europeia, em 2015, emitiu uma recomendação de monitorização dos níveis de percloratos nos alimentos e na água, sendo que em 2023, foi introduzido um regulamento que estabeleceu um teor máximo de 0,05 mg/kg de perclorato em frutas e produtos hortícolas e estabeleceu-se teores mais rigorosos para alimentos para bebés e fórmulas para lactentes.

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