Cargas térmicas em câmaras frigoríficas
Por: António Santos | Engenheiro Mecânico Térmico
A produção de frio nas câmaras frigoríficas passa por transportar o calor de forma contínua do interior para o exterior mantendo umas condições interiores aconselhadas para conservação do produto.
O calor de transporte vem do exterior ou é gerado no próprio interior. O exterior está associado a uma parcela de ganho por transmissão através da envolvente, Q1, outra devido aos produtos, Q2, e uma terceira devido às infiltrações do ar exterior, Q3. O calor interior, Q4, está associado à libertação térmica de equipamentos, iluminação, pessoas que possam existir nosmeios frios, e ainda às descongelações dos evaporadores.
Como a temperatura no interior da câmara é considerada constante, a carga térmica total de transporte vem determinada pela soma dos quatro fluxos de calor anteriores.
Q = ΣQi
Cada uma das parcelas é determinada com base nos princípios da transmissão do calor para um período diário, e o somatório é relacionado com o número de horas de trabalho dos compressores para se obter a potência frigorífica.
Neste trabalho apresenta-se as equações envolvidas no balanço energético, uns tópicos para estimativa rápida dos parâmetros associados, dois modelos polinomiais para estimativa rápida da potência de frio e um exemplo de cálculo.
Q1, ganhos por transmissão
Como nas câmaras frigoríficas a temperatura interior é sempre menor que a exterior, existe um fluxo de calor que passa por condução pela envolvente da câmara.
Este fluxo aumenta com a diferença de temperaturas em ambos os meios, com a área de troca de calor, A, e com a diminuição da espessura da parede das camaras.
(Continua)
Aceda ao artigo na íntegra na edição n.º 8 da edição impressa da Revista TecnoAlimentar.
Solicite a edição ou a assinatura através do seguinte email: marketing@tecnoalimentar.pt.
Saiba mais aqui.
Outros artigos que lhe podem interessar